Na passada madrugada do dia 26 de abril, decorreram as premiações da 93ª edição dos Prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (Academy of Motion Picture Arts and Sciences Awards – AMPAS), ou mais conhecidos como Oscars.
Foi uma cerimónia que decorreu no Union Station de Los Angeles (ao contrário do habitual Dolby Theatre), de forma a ser um evento mais apetecível ao público, pois os organizadores desta cerimônia quiseram torná-lo presencial (com limitação dos convidados), lutando contra o formato virtual, que tem vindo a ser recorrente em outras premiações durante este ano. Contudo, devido a alguns problemas em viajar, em consequência da situação pandémica que atravessamos, existiram vários nomeados que se mantiveram em diferentes países, participando de forma virtual.
Também, esta edição Óscares tentou criar um evento único, fugindo do tradicional, sendo produzida como se de um filme se tratasse, tendo um início muito apelativo e num formato de apresentação do elenco, até à chegada do título, no entanto, todo este meio envolvente não foi mantido durante muito tempo, pois depressa o evento perdeu a garra e o entusiasmo com que começou, e principalmente, demasiado anticlimático, tornando-se tudo menos uma festa da indústria cinematográfica (salvo algumas exceções), pois para quem tanto prometia ficou muito aquém do esperado, e no momento vivido por todos, era necessário um pouco mais de empenho (na minha opinião).
Sendo que os produtores desta edição, decidiram alterar a disposição das apresentações dos nomeados, tornando que o que habitualmente é o ponto final e o clímax de toda esta cerimonia, que é a premiação de melhor filme, num ponto de viragem, pois foi seguido pelas premiações de mlhor atriz seguida de melhor ator, e o ânimo foi caindo, não mantendo o mesmo entusiasmo em comparação ao fecho com o Oscar de melhor filme.
Apresentando um pouco o que foi esta cerimónia, deixamos a lista dos vencedores nas diferentes categorias:
– Best Picture (Melhor Filme)
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– Directing (Melhor Direção)
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– Actor in a Leading Role (Melhor Ator)
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– Actress in a Leading Role (Melhor Atriz)
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– Actor in a Supporting Role (Melhor Ator Secundário)
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– Actress in a Supporting Role (Melhor Atriz Secundária)
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– International Feature Film (Melhor Filme Estrangeiro)
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– Animated Feature Film (Melhor Filme Animado)
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– Cinematography (Melhor Cinematografia)
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– Film Editing (Melhor Edição)
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– Production Design (Melhor Produção Artística)
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– Costume Design (Melhor Guarda-Roupa)
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– Documentary – Feature (Melhor Documentário)
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– Documentary – Short Subject (Melhor Curta-Documentário)
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– Music – Original Score (Melhor Banda Sonora)
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– Music – Original Song (Melhor Música Original)
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– Makeup and Hairstyling (Melhor Caracterização)
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– Visual Effects (Melhor Efeitos Especiais)
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– Writing – Original Screenplay (Melhor Argumento Original)
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– Writing – Adapted Screenplay (Melhor Argumento Adaptado)
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– Sound (Melhor Edição de Som)
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– Short Film – Live Action (Melhor Curta-Metragem)
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– Short Film – Animated (Melhor Curta-Metragem Animada)
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Antes demais, é de se destacar os dois prémios honorários, mais propriamente os Óscares Humanitários. O primeiro apresentado e atribuído por Bryan Carson à MPTF (Motion Picture & Television Fund), pelo seu trabalho social durante este ano de luta. E o segundo apresentado, pela nomeada a melhor atriz, Viola Davis, que foi entregue ao filantropo Tyler Perry, pelo seu trabalho humanitário e de caridade na Tyler Perry Studios, que tem ajudado diferentes pessoas, desde sem abrigos a pessoas com dificuldades económicas, mas, principalmente no decorrer deste ano, que criou um campo de quarenta para ajudar os demais, protagonizando o discurso mais pesado e extremamente emotivo de todo o evento.
Como não poderia faltar, existiu uma homenagem aos membros do mundo do cinema, sejam eles atores, diretores, produtores, cineastas, argumentistas, sonógrafos, ou até mesmo duplos, que partiram no último ano, onde estavam incluídos obviamente Sir Sean Connery e Chadwick Boseman, contudo foi uma montagem um pouco mal tratada, e com tempos de homenagem desajustados.
Em relação aos Óscares para a indústria de cinema, é de destacar os grandes vencedores da noite, Nomadland com 3 estatuetas (das 6 nomeações) e The Father com 2 premiações (das 6 nomeações).
Primeiramente, Nomadland, com a merecida vencedora Chloé Zhao, com 2 Óscares, um para melhor filme e outro para melhor direção, e ainda o que para muitos foi uma das surpresas da cerimónia, Frances McDormand com a premiação de melhor atriz. O discurso emotivo de Chloé Zhao foi um dos momentos altos da noite, já que foi a primeira mulher de origem asiática a vencer o Óscar de melhor realização e a segunda mulher destas 93 edições. Quanto a Frances apenas referiu que temos de lutar pelo nosso trabalho, e é o que gosta de fazer, trabalhar no mundo do cinema.
Quanto a The Father, recebeu 2 prémios nas categorias principais, um como melhor argumento adaptado (sendo as primeiras premiações da noite para melhor argumento), visto ser um filme que sai do teatro, algo que não é fácil de se transformar numa longa-metragem, no entanto, destaca-se que este argumento é fantástico. E a segunda premiação, que coincidiu com a última da noite, para melhor ator, e aqui é de referir o trabalho genial de Anthony Hopkins (tornando o maior ator veterano a receber esta premiação), vencendo 30 anos após ter sido premiado em Silence of the Lambs, contudo, foi o momento foi o mais anticlimático de toda a cerimónia, pois este ator icónico de 83 anos não pode estar presente, nem proferir as palavras de agradecimento, no entanto, durante esta manhã Hopkins já agradeceu o prémio e homenageou Chadwick Boseman que estava na corrida pela mesma estatueta, aquele que muitos consideravam o mais favorito principalmente por ser uma premiação póstuma.
Em relação aos perdedores da noite, destacam-se os filmes The Trial of the Chicago 7, que das 6 nomeações não arrecadou nenhuma, e Mank, que apesar de vencer em 2 categorias técnicas (melhor cinematografia e produção artística), tal como esperado, não conseguiu nenhuma nas categorias principais (é de destacar que este tinha 10 nomeações).
Em termos de momentos altos da noite, estes foram protagonizados por duas atrizes, que estavam na luta pelo Óscar de melhor atriz secundária, inicialmente com o discurso divertido de Yuh-Jung Youn, em que esta estava muito entusiasmada pela premiação, mas refere algo importante, é que as pessoas se devem lembrar que isto não é uma competição, e tal como ela referiu, “não é possível ser melhor do que Glenn Close“, e que estar nomeada junto com todas as outras atrizes foi um honra. E por incrível que pareça, o segundo momento alto e de diversão foi mesmo protagonizado por Glenn Close, que numa brincadeira ao lhe perguntarem se reconhecia uma determinada música, ela refere tudo associado à música, e mais, sabe como se dança, e neste instante torna todo este momento extremamente divertido, afastando um pouco da monotonia que estava a ser vivido na 93ª edição dos Óscares.
De entre os filmes nomeados, até ao momento nem todos saíram no cinema em Portugal, mas podem contar ainda com algumas análises a estes, principalmente The Father, Minari e Promising Young Woman por parte da CaixaNerd.
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