No passado mês houve um grande evento de seu nome The Game Awards, com isso em troca de conversas, apercebi que não tinha jogado certos jogos. Com isso foi-me desafiado para o fazer e deram alguns e nessa lista está Tunic.
Apresentando um pouco Tunic é um jogo de ação isométrico sobre uma pequena raposa numa grande aventura. Repleto de puzzles e muita ação com muito mistério à mistura. Desenvolvido pela ISOMETRICORP, publicado pela Finji e lançado a 16 de março deste ano.
O que é Tunic?
Pode-se ler na descrição na página do jogo: “Explora um reino repleto de lendas perdidas, poderes antigos e monstros ferozes em TUNIC, é um jogo sobre uma pequena raposa numa grande aventura. Sozinha num lugar arruinado e sem armas além da tua própria curiosidade, terás que enfrentar feras colossais, recolher itens estranhos e poderosos e revelar segredos esquecidos pelo tempo.” e acho que é a melhor descrição que se pode fazer deste jogo. Começamos sem saber nada, andamos a descobrir todo o mundo à nossa volta e vamos progredindo ao nosso ritmo para juntar todas as peças que vamos desbloqueando na nossa aventura.

A história !!
Tunic não contem uma historia bastante clara, pelo menos ao inicio. Como referi em cima somos jogados no mapa sem saber o que se passa ao concreto. A ideia por de trás do jogo é bastante simples e ao mesmo tempo complexa. Para percebermos o que se passa no ao nosso redor, temos que explorar o mundo e interpretar da nossa maneira os factos, criando assim as nossas teorias. O melhor ou pior do jogo é que até o suposto “tutorial” vai depender muito do que apanhamos no inicio, o que exploramos ou mesmo o que interpretamos de imagens que recebemos para completar um género de livro de instruções. De tempos em tempos tinha alguma frustração, pois havia coisas que colecionava e não sabia para que serviam.
Contado-vos um pouco de uma pequena experiência, em uma determinada área do jogo que me levou a um sentimento de frustração, pois tudo o que fiz foi em vão: eu não quero dar spoilers do jogo, porque tal como eu, pode haver ainda pessoas que não jogaram e que querem jogar, mas depois de coletar 3 objetos essenciais para progredir no jogo, o mesmo dá-te uma chapada de luva branca e faz-te sentir que tudo o que fizeste foi em vão.
No entanto chegar ao fim do jogo e interpretar a historia um pouco à minha maneira foi uma recompensa muito positiva e aconselho a todos tentarem nem que seja uma vez.

Nem sempre as mecânicas estão connosco!
Tunic é um jogo muito simples e ao mesmo tempo muito complexo, desde da história até mesmo as mecânicas. Para vos ser muito claro aqui foi onde fiquei muito mais surpreendido, não sendo uma coisa nova em vídeo jogos, eu sei, mas Tunic dispõem da possibilidade do jogador é que escolhe qual o layout é o mais correto para cada fase, Não estou a falar em mexer no menu de opções, estou mesmo a falar que nos a qualquer momento podemos trocar o botão de ataque, usar itens ou mesmo magia. E neste caso em concreto achei este “menu” rápido muito bom, não é preciso ter vários layouts diferentes e aceder com uma única tecla, ou mesmo ir ao menu de opções e ir configurando. Simplesmente basta equipar a espada num sitio, e se não gostarmos mudamos a espada para outro. Digo vos que adorei essa maneira de configurar as coisas.
Outra mecânica que o jogo oferece, mas fica sempre confusa graças a falta de informação ou que nos escapa por não termos apanhado no jogo é os altares. Supostamente os altares eram check points onde nós podia-mos regenerar a nossa vida. Afinal é mais como isso, os altares funcionam como as bonfires do darksouls, onde não só podes descansar e restaurar a tua vida, como podes aumentar o teu HP, MP e Stamina, para isso tens que ter o item certo (ou fruto/flor) e ainda pagares com o ouro que vais coletando. Eu só descobri isso no segundo Boss e graças a uma “dica” que um membro da nossa comunidade deu-me enquanto jogava. Vou vos ser muito franco nesse momento senti-me muito burro, rime para dentro e pensei como raio é que não pensei nisso! Posso dizer que foi mais um de aqueles sentimentos agri-doces que tive durante as minhas sessões de gameplay.

Sem contar com referido a cima e as minhas “nobices”, de facto achei o jogo muito responsivo tanto no PC como no serviço Cloud Gaming, já que ia jogando muito de vez enquanto no telemóvel, como está no Game Pass da Xbox.

E o verdito?!
Tunic é um de aqueles jogos que ou se detesta muito ou adorasse muito, no meu caso eu adorei, para um indie está muito completo, com uma arte muito colorida e uma banda sonora até agradável! Tinha poucas expectativas dele mas demonstrou um enorme potencial desde o inicio do jogo. Neste momento entendo muito bem porque é que foi nomeado para várias categorias do The Game Awards (tenho muita pena não ter ganho nenhuma). Mesmo comparando um pouco com Dark Souls, e eu estar um pouco farto do género, aconselho vivamente a jogares, garanto que não é tempo desperdiçado.
Se tiveres o Game Pass da Xbox ainda melhor já que ele está lá disponível!
Para terminar deixo-vos aqui um trailer do jogo, para vocês terem uma melhor noção do que estou a dizer.

8.0 Score
Pros
- Controlos
- Arte
- Longevidade do jogo
Cons
- Pouco expelicito
- Um setor da historia que não gostei muito
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