Após 1 semana do lançamento de The Last of Us Part I, o que é possível dizer sobre ele na plataforma de PC? Apesar de surgirem alguns updates ao jogo, de forma a resolverem todos os problemas que teve no seu lançamento, a verdade é que este título, infelizmente, ainda não está na sua melhor performance nesta plataforma. Todos estes problemas acabam por transportar The Last of Us de uma ponta do iceberg para a ponta oposta, e aquele que foi um dos maiores lançamentos, tanto no Universo dos videojogos há uns anos atrás, como no Universo das séries uns meses antes, torna-se assim no pior lançamento do ano e, possivelmente, um dos piores dos últimos tempos na plataforma de PC.
Este artigo não é focado na ótica de análise propriamente ao jogo em si, porque tal seria completamente injusto para este título, mas sim ao seu lançamento para a plataforma de PC. Pois tendo já jogado, The Last of Us, quer a versão original, quer a versão remastered (tal como muitos de vós o fizeram), o jogo ser avaliado com base neste port para PC é literalmente um “crime” para aquilo que The Last of Us é tanto a nível de jogo, franquia e à sua importância no Mundo dos videojogos. No entanto, percebo que muitos jogadores aguardaram na expectativa de “porem as mãos neste menino”, e a experiência que tiveram foi algo incompleto e, pior que isso, completamente injogável (usando um exemplo de um jogo atual: Hogwarts Legacy no caso da plataforma de PC, aposta de loading de shaders antes do menú para que os mínimos sejam cumpridos, apesar de demorar um pouco sempre que se abre o jogo, pelo menos o jogador praticamente não sente quebras ao longo da experiência. Já The Last of Us Part I inicialmente não fazia este load, e tal era feito com uma pausa no decorrer da própria aventura, a meio do jogo ou cutscene para fazer o load de shaders, que demoravam imenso tempo, havia 5 minutos de gameplay para 1 minuto de load, o que é algo impensável).
Assim sendo, é imperdoável um título como The Last of Us, com a dimensão do estúdio que tem por detrás, sair no estado que saiu para PC. Usando um pequeno exemplo de um jogo do ano anterior, The Callisto Protocol, que no dia de lançamento tiveram alguns problemas e mesmo sendo um estúdio mais pequeno, esforçaram-se e trabalharam para entregar a melhor experiência aos jogadores, e como tal, passado cerca de 1 dia tinham resolvido os maiores problemas e bugs detetados. Este tipo de situação foi algo que não aconteceu com a Naughty Dog e Iron Galaxy Studios, que demoraram cerca de 1 semana a lançarem um update que resolvesse apenas alguns problemas do jogo.
Obviamente todos os olhos estavam postos em The Last of Us Part I para PC, pois o mesmo título saiu no ano transato para PlayStation 5 e foi um sucesso, seguidamente tivemos a série The Last of Us da HBO Max, que teve o mesmo reconhecimento, e tudo isto gerou uma expectativa enorme neste port para PC, logo era algo que os estúdios não podiam falhar. Tudo começa com um adiamento do jogo, onde a comunidade de jogadores ficou na interrogação, porquê adiar? E o adiamento foi cerca de 1 semana, ou seja na verdade os produtores do jogo sabiam como este estava, e mesmo assim não quiseram arriscar em adiar mais tempo, talvez porque isso pudesse afetar as vendas, então é tomada a decisão de lançar The Last of Us Part I no estado em que estava para que as vendas não fossem afetadas? Tudo porque a série foi um sucesso e seria algo que sendo lançado pouco tempo após o final da série poderia trazer muitos jogadores antigos e novos para a franquia.
Pois bem, tal não aconteceu, pois apesar da Iron Galaxy Studios ser o estúdio que estava a trabalhar neste port, toda a cara e responsabilidade é da Naughty Dog, que tem vários projetos em mãos ao mesmo tempo, tal como a série, o jogo online de The Last of Us e um novo título da franquia, e como tal, o lançamento foi um fiasco, e a culpa é inteiramente do estúdio, pois noutros casos os ports correram bem, como foi o caso de 2022 com God of War para PC (que até tem algumas melhorias em termos de performance em relação ao original) ou Uncharted: Legacy of Thieves Collection também de 2022. Assim sendo, e se este port fosse sequer merecedor de uma análise, esta estaria bem abaixo do expetável de cada um nós, pois tendo como base um jogo que parece incompleto, recheado de bugs, mas tal como acima mencionado, injogável, logo é impensável realizar uma análise de um port assim. Por isso, até The Last of Us Part I para PC esteja estável, vou-me focar e aproveitar bons momentos com The Last of Us Remastered no PS Plus, que apesar de tudo e com os anos que tem, permite uma melhor experiência, ou pelo menos pode ser jogado, algo que com este port roçou o impossível.
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