A SEGA em anos anteriores era conhecida principalmente por desenvolver jogos com a mascote de videojogos mais popular da indústria e após alguns anos de sucesso com o ouriço azul, deixou de fazer consolas e passou a publicar videojogos, deixando o Sonic de ser um foco.
Nestes últimos anos, os títulos de Sonic tem sido muito hit or miss, sendo que o Forces foi um jogo que me deixou um sabor amargo na boca. Mas após alguns tempos, foi anunciado o Frontiers, que poderia ser a esperança para a original mascote da Sega.
Todo um mundo à nossa disposição a toda velocidade
O conceito que marcou o anúncio de Frontiers, era que ele iria dispor ao jogador todo um mundo aberto ou como o próprio diretor gosta de referir um Open Zone. Claro, que a essência dos jogos de plataformas está aqui presente, incluindo as áreas Cyber Space, que remetem ao vários níveis do passado com uma jogabilidade do que têm sido os mais recentes jogos.
Na narrativa deste novo jogo Sonic entra numa área desconhecida com os seus fieis amigos, contudo os mesmos desaparecem e Sonic encontra-se sozinho, até encontrar-se com Sage, uma personagem misteriosa, que tem vai varias interações com o protagonista, deixando no ar quais as suas verdadeiras intenções.

Uma pura experiência de diversão
Quando finalmente podemos controlar o personagem para poder correr e explorar, é satisfatório. Com a possibilidade de poder ir até onde queremos no mapa o que dá uma sensação de liberdade. Fazer os objetivos secundários era a minha primeira prioridade, deu-me muitas horas de diversão e sendo eu um grande apreciador de jogos de plataformas fiquei agradado.
O ponto mais gritante até ao lançamento do jogo, era o mundo aberto ser vazio. Na realidade este pode parecer visualmente deserto, mas quando se têm o comando nas mãos, são encontradas inúmeras coisas para se fazer. Este facilmente vai do ponto A ao B e era necessário todo um espaço para o personagem correr livremente, tendo sido essa a razão pela qual esta opção foi a tomada. Caso contrário, Sonic estaria a bater constantemente em vários objetos do cenário.
Tudo o que colecionamos tem um propósito, fazer desafios ou apenas ultrapassar por todos os locais para apanhar certos itens. Que irão recompensar de alguma forma, seja para aumentar a velocidade, força, defesa ou o número de anéis (que é a barra de vida do personagem). O que dá todo um motivo para explorar estas grandes zonas.
O cyberspace é um local para reviver memorias do Sonic, literalmente. Já que acedermos a algumas ruinas temos acessos a níveis lineares baseados em locais pelos os quais personagem frequentou no passado. Estes acabam por ser 2D ou 3D, as típicas sequencias com plataformas, que acabam de ser satisfatórios de se fazer. Existe até uma lista de objetivos a completar e se concluirmos esse objetivo, obtém-se mais recompensas, o que me deu vontade de concluir a mesma.
O grande Big The Cat também se encontra de volta nos jogos do Sonic, já lá vai um bom tempo? O personagem é conhecido por trazer consigo um minijogo de pesca e neste jogo não diferente, contudo, a atividade é divertida de se fazer e relaxante. A musica de fundo até é semelhante a algo que se podia encontrar numa playlist de lo-fi. Para não falar que podemos obter varios itens assim, até mesmo alguns exclusivos, como é o exemplo das gravações do Eggman. Uma boa implementação, já que se fica com uma ideia do que se passou com ele, o que viu e o que pensa fazer, sem a necessidade de o personagem ter um maior tempo de tela.
Algo que foi introduzido neste titulo e que podia ter corrido bastante mal, é o combate, sendo que temos presente uma skill tree, combos e uma diversidade de ataques. Algo que na teoria é estranho no papel, mas aqui, funciona surpreendentemente bem, quem diria? Isto ajuda, devido à variedade de inimigos que encontramos pelo o caminho, onde grande parte tem um metodo diferente de ser derrotada ou seja não é só premir múltiplas vezes no mesmo botão.
Se há algo que me surpreendeu foi o tratamento dado aos personagens, sendo que estas personagens secundarias passaram por variadas alterações ao longo dos neste jogo, acabam por voltar às suas origens. O foco da Amy já não ser uma louca de amores pelo o Sonic, demonstrando no Forces uma grande compaixão por aqueles que necessitam de ajuda, Tails já não é aparenta ser um alguém que comete disparates, mas assume os seus erros e quer melhorar as suas ações. Knuckles com etiqueta de incompetente nos últimos anos, quer ser melhor e aproveitar a vida. O interessante é que este jogo une todos os últimos jogos devido a algumas referencias que aparecem durante todo o jogo, tornando este título o arco de redenção destes personagens.
Ao salvarmos os amigos de Sonic, estas tem todo o seu arco de historia, cada uma na sua zona e são todas bem trabalhadas. Houve interações que me surpreenderam entre Sonic e os seus amigos, claro que o Sonic também apresenta um bom trabalho na sua personalidade, deixando ser tão convencido na maior parte dos momentos. Querendo a todo o custo salvar os seus amigos, sem duvida um dos elementos que mais surpreendeu.
A nova pesagem, Sage, é misteriosa, mas agarra. Quis saber mais sobre a cada momento que tinha o seu momento no ecrã, o que é que ela pretendia com tudo isto e a sua perspetiva em relação ao seu “inimigo” Sonic. No entanto, o que não esperava era as suas interações com Eggman, que por coincidência também se encontrava naquele local.
Das coisas que se mais destaca no jogo é a sua banda sonora. Esta é composta por vários diversos temas instrumentais e interpretados. Desde musicas mais calmas e serenas à musica que me fizeram abanar o capacete enquanto as ouvia (também foi motivo de distração para morrer uma boa quantidade de vezes devido à distração). Os temas são compostos por espetaculares músicas, sem não mencionar muitos dos temas interpretados que me fizerem vibrar em variados momentos. Foi sempre um dos pontos mais fortes nos jogos de Sonic e este jogo não é diferente.

Um conceito que funciona, mas espero que melhore no futuro
Esta direção que a Sonic Team tomou neste novo jogo é a mais correta, sem dúvida, contudo há muito a tratar a partir daqui. É notável a falta de polimento em falta no jogo, já que este queria sair ainda este ano. Digo isto devido, ao aparecimento de bugs, estranhas animações do personagem, objetos no cenário que fazem pop in de repente, etc (de lembrar que joguei isto numa PS5). Acredito que mais uns meses no forno e o jogo estaria no ponto. Sendo este o culpado de não tornar a experiência de Sonic Frontiers mais gratificante.
Outro ponto em que isso é notável é nas cutcenes. Há umas que têm uma boa qualidade de animação e expressividade dos personagens, enquanto que outras tem estranhas e pobres animações. Até parece que nem foi o mesmo estúdio a trabalhar nelas.
Tendo em conta que estava a jogar no modo normal completei o Boss Final e senti uma insatisfação, já que a sequencia final não provocou qualquer impacto. Tendo em conta esta minha birra constante, fui investigar e descobri que existe um boss final secreto para quem joga no modo mais difícil. Isto nunca seria descoberto se eu não tivesse ido investigar, sinto que é algo que devia ser informado ao começar o jogo. Uma informação enquanto escolhemos o nível de dificuldade que indique que este tem conteúdo exclusivo se escolher a ultima opção de dificuldade.
Após completar agora, como pretendido, a sensação de insatisfação manteve-se, talvez uma escolha estranha para um verdadeiro ultimo boss. Isto sem falar que o final desta narrativa demonstra-se apressada. Dando um mínimo significado a tudo o que aconteceu naqueles últimos momentos.

Divertido regresso do ouriço azul
Sonic Frontiers não é extraordinário, mas é recomeço positivo para a franquia, este tem alguns problemas gritantes devido ao apressamento do seu desenvolvimento para que sai-se ainda este ano.
No final este é um divertido jogo para fãs de Sonic ou até mesmo de jogos de plataformas. Fico feliz por saber que o personagem está de volta, espero bem que daqui para a frente se mantenha assim ou então que seja melhor ainda.
7.0 Score
Pros
- A sensação de liberdade devia ao extenso mapa
- Muitos colecionavbeis, todos com um proposito
- Um combate simples, mas divertido
- Finalmente um trabalho devido aos personagens secundarios
- A misteriosidade da Sage
- Bombastica Banda Sonora, que mais uma vez não desaponta
Cons
- A falta de polimento mancha o jogo
- Inconsistência na qualidade das cutcenes
- Um boss relevante escondido atrás de um modo de dificuldade, sem dar um aviso prévio ao jogador
- Um final desapontante
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