RUSHAWAY (PC) – Análise

Desde já agradeço à equipa Ninestudios pela key, para a análise ao jogo. 

Num mundo tão repleto de jogos devido ao crescimento da industria, pode parecer difícil, mas existe sempre alguma boa ideia a pairar no ar, que acaba por não se destacar tanto, devido ao aglomerado de títulos existentes, mas por vezes devia ser a estes que se devia dar atenção. 

Este foi um jogo desenvolvido pela estúdio independente português, Ninestudios, este aparenta ser simples à primeira vista, contudo surpreendi-me ao jogá-lo por um bom tempo. Rushaway é um jogo de plataformas 2.5D muito peculiar, em vez de ser completamente linear como os demais, o cenário roda como um cubo, contudo, apenas rotaciona para a esquerda ou direita. 

Rushaway, conta a historia de um pequeno herói, Speck, que tem a possibilidade de salvar o mundo e sendo assim vê-se confiante em prosseguir nessa missão. Mas para a poder a concluir terá de viajar pelo o Skyworld onde visitará diversos locais até chegar à torre mais alta onde se encontra a “Luz”. 

Uma premissa simples, mas que me surpreendeu 

Este titulo tem o foco de se ser rápido. Existe toda esta ideia de velocidade não só porque o Speck, é veloz, mas pela existência de um relógio no topo que pressiona o jogador a completar o nível, para não falar que obtemos recompensas por concluir os níveis no menor tempo possível. Algo que me fez dar o melhor de mim, para obter sempre (ou quase), o melhor resultado possível. 

Apesar dos seus visuais simples, dando uma ideia que este tem um ar de estar em desenvolvimento, contudo, acho que lhe dá charme, porque para dizer a verdade, visuais não são tudo. Contudo Rushaway, prendeu-me pelo o seu conceito e como o executa. 

Não julgar um livro pela capa

Eu adoro plataformas e ver varias ideias aqui misturadas deu-me um pura alegria ao jogar o titulo, isto graças ao seu level design. Eu não consigo parar de pensar nele! A ideia de correr o mais rápido possível e atingir um bom tempo já é atraente. Mas o facto que este coloca o jogador a pensar qual é o melhor caminho, pondo-o a pensar é demasiado boa. Admito, alguns níveis foram um desafio, já que o jogo obriga a pôr tudo o que ele expõe em pratica e caso o jogador não execute o que o jogo quer, dificilmente o nível é ultrapassado. 

Níveis com loops e que fazem o personagem, Speck, saltar ser habilidoso o mais cauteloso pressionar de botões para não cometer qualquer erro. Contudo, outro aspeto que tenho de apontar é como Rushaway implementa alguma ideia nova  (pelo menos por área). E explora essa ideia em como a colocar no seu nível e de que maneira que afetará o jogador. Este cuidado, foi o que me fez ficar vidrado com o que aparentava mais um jogo de plataformas. O que não é aqui o caso. E o melhor é que o jogo não é linear, o mesmo dá inumeros para o jogador escolher, claro que existem uns mais vantajosos que os outros, mas terá de ser ele a escolhe-lo.

Para além disso o jogo satisfaz aqueles que gostam de ter um bom desafio a completar o jogo a 100%, para além das medalhas que se obtém a partir dos variados tempos feitos, existem desafios que são adquiridos ao executar certas ações no jogo e também está presente um diário onde se colocará as variadas paginas onde as mesmas exploram mais este mundo, que podem ser encontradas nos variados mapas. Para quem procura exprimir o jogo até ao máximo, o que retem mais horas de jogo sendo que o mesmo, não é muito longo, a existência destes objetivos referidos motivam o jogador a continuar a jogar. 

A banda sonora, é composta por um loop diferente em cada fase, excluindo certas ocasionais, estas dão toda uma energia retro e são muito boas. Não houve assim nenhum momento em que me enjoei destas faixas, por isso é um ponto positivo, já que nunca enjoiei a ouvi-las. E atenção que as ouvi por horas a fio. 

Um indie para quem procura um jogo de plataformas diferente 

Admito, é um bom jogo para colocar os nossos dotes à prova do quão rápido são os reflexos do jogador. Esta mistura de jogo de plataformas com um puzzle, que dá a sensação que estamos num labirinto, algo diferente e que nunca vi, contudo apesar de não me incomodar pessoalmente, a apresentação acho que se fosse mais apelativa, já que é um conceito tão interessante.