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CROSSBOW: Bloodnight (PC) – Análise

CROSSBOW: Bloodnight desenvolvido pela empresa HYPERSTRANGE, criadores dos jogos como ELDERBORN e POSTAL: Brain Damaged (que sairá em 2021). Desta vez a empresa, decidiu envergar por um jogo de arena com estilo de FPS (first person shooter), no entanto, a arma utilizada é uma besta que serve para aniquilar as criaturas que vão surgindo. É um videojogo em que lutamos pela sobrevivência, tentando resistir o maior tempo possível na arena e obter o nosso resultado final.

A Arena…

O jogo apresenta uma intro, que nos situa na estória deste. No decorrer do ano de 1139, o Segundo Conselho de Lateran, foi convocado pelo próprio Papa Inocêncio II, que pronunciou a reprovação sobre o uso de besta. O conselho, viu o seu poder imparável como ímpio, demoníaco por natureza. E eles não estavam totalmente errados. A Ordem da Besta, uma antiga ordem de caçadores que jurou proteger o equilíbrio entre as forças do céu e do inferno, está a enfrentar o seu maior desafio. Um terror ancestral do além, que abriu caminho até à nossa realidade. E no seu rasto, legiões de criaturas provenientes de pesadelos, aparecem na escuridão. A Noite do Sangue está sobre nós, vamos começar a caçada!

Iniciamos numa arena apenas com uma besta (que contém poderes ocultos), para enfrentar todas as criaturas que possam surgir do inferno. Todo o desenlace deste jogo de arena, passa-se no átrio de um castelo, que oferece bastante espaço para nos movimentarmos e conseguirmos esquivar dos diversos inimigos, o que nos permite preparar o contra-ataque.

CROSSBOW: Bloodnight, apresenta-se como um jogo bastante simples e fluído, onde apenas temos de enviar de volta para o inferno o maior número de criaturas que nos atacam, e tentar sobreviver o máximo tempo possível. Mas, é esta simplicidade e adrenalina iminente (por nos mantermos “vivos”) que torna esta aventura viciante.
Em termos de mecânicas, adquirimos uma besta “mágica” que possui 3 modos de disparo: 1) o disparo rápido (bastante útil pois temos a possibilidade de disparar contra os inimigos sem ter de parar para recarregar e a munição é infinita, contudo, só é possível disparar em linha reta); 2) o modo shotgun (que é um disparo de curto alcance, mas que destrói qualquer um que esteja no seu caminho); e por fim, 3) um “heavy rocket” (que serve para fazer um dano considerável numa área, como um “splash”). Para além destas possibilidades de derrotar inimigos, também existem outras formas que nos ajudam a “limpar” a arena, que permite-nos reposicionar e “respirar um pouco”, antes das criaturas imergirem novamente.
Por outro lado, também temos as mecânicas da inerentes à própria personagem, que nos possibilita saltar e correr (o que é extremamente relevante e útil para podermos esquivar dos inimigos e reposicionar o nosso herói). O jogo apresenta uma variedade razoável de criaturas, com estilos de combate muito próprios, em que temos de nos adaptar a cada um deles e perceber os seus padrões para sobreviver.
Podemos esperar confrontos com morcegos, lobisomens (extremamente velozes), zombies, entre outras criaturas do submundo. É de se destacar, que é muito fácil sermos derrotados neste jogo, pois mesmo os inimigos de nível inferior, como morcegos ou zombies, em 2 golpes conseguem acabar com a nossa vida de caçador, no entanto, as restantes criaturas, que podemos enfrentar, apenas necessitam de 1 hit para cumprirem com o seu objetivo, o que torna tudo mais desafiador.

A Noite de Sangue…

A HYPERSTRANGE, conseguiu gerar um jogo bastante simples, com mecânicas básicas e que funcionam impecavelmente para este género de videojogos. Toda esta combinação torna CROSSBOW: Bloodnight desafiante e extremamente viciante, sem nunca esquecer o facto da adrenalina que é gerada pela constante batalha pela sobrevivência.
Neste estilo de jogos de arena, a estória é maioritariamente deixada para segundo plano, o que na minha opinião, a inclusão de uma e/ou o desenvolvimento mais profundo e envolvente da mesma, poderia ser enriquecedor (ou talvez uma inovação) tornando a experiência ainda mais interessante.
A nível de gráficos, estes não são os mais deslumbrantes, contudo podem ser considerados adequados ao género e ao preço do jogo. Contudo, se estes fossem um pouco melhores (ou inclusão de mais alguns detalhes), poderia enaltecer mais o grafismo desta aventura, melhorando todo o ambiente circundante.
Quanto à banda sonora, esta não é impactante, no entanto esta ajuda a imergir neste ambiente de terror que nos rodeia (mas é apenas isso), o que quase nada acrescenta à experiência. Por outro lado, na minha opinião, o efeito esperado da banda sonora nesta tipologia de jogos, seria de tornar os momentos de batalha mais intensos e aumentar o sentimento de medo/terror do ambiente, amplificando assim a adrenalina e a tensão do jogador por se manter “vivo” nesta batalha pela sobrevivência.
É de se destacar que CROSSBOW: Bloodnight para um jogo de 2,39 € na Steam consegue ser bastante divertido, desafiante e viciante.

Partilhamos, convosco o trailer desta arena de sangue…

7.0
Score

Pros

  • Simplicidade do jogo
  • Mecânicas básicas, mas que funcionam bem para o género
  • Desafiante
  • Viciante (pois queremos sempre fazer melhor)
  • Preço (2,39 € na Steam)

Cons

  • Estória...
  • Gráficos muito simples
  • Banda sonora (não cria tensão suficiente)

Final Verdict

Steam requisitos mínimos: - Sistema Operativo: Windows 10 - Processador: Intel Core i5-7500 - Memória: 4 GB de RAM - Placa gráfica: NVIDIA GeForce GTX 780M - DirectX: Versão 11 - Espaço no disco: Requer 2 GB de espaço livre

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