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Como foi organizado o espaço da Comic-Con Portugal 2022?

Neste artigo iremos analisar como foram trabalhados alguns espaços dentro do evento, como o Merch, o Creators Hub e as salas principais.

Fora do palco também havia movimento, mas era suficiente?

A área do palco era definitivamente o espaço principal deste evento, no entanto, a parte estática do mesmo também trouxe alguma animação para os visitantes.

Ela era composta por uma primeira parte, que continha, no terceiro dia (o dia em que estive presente), um pequeno palco fechado, onde as palestras aconteciam, alguns stands, como o da RTP Play (que publicitava, em destaque, o TaskMaster), CineMundo e HBO Max (com estátuas e o trono do House of The Dragon) e algumas estátuas bastante elegantes de alguns heróis, como Black Adam e Thor, entre outras. Depois ainda havia uma segunda parte, que continha o espaço gaming, com a Nintendo, a FTW e algumas empresas de periféricos. Havia ainda stands publicitários de marcas e, o Santo Graal do evento, o revival da exposição do Spongebob. No caso do Gaming Stage, uma zona dedicada a jogos, como mencionado anteriormente, que transformado à tarde numa fan zone para ver a bola, tudo para que quem viesse à Comic-Con Portugal não perdesse o jogo, caso tivesse interesse em ver. E, por fim, um espaço de interação com Cosplayers.

Esta área em específico, continha diversas atividades (o que levaria alguns a perderem-se no meio de todas estas atividades, podendo não experienciar o evento como um todo). O Biggs, por exemplo, tinha um conjunto de atividades que em nada tinha a ver com os seus produtos, mas tudo em prol da diversão de quem por lá passava. Apesar de não ser o foco de um evento como a Comic-Con, havia ainda zonas com anime e manga, contudo, estes assim como a parte das comics, com pena minha, não estavam expostos nesta especifica área (mas tinham outras zonas para os seus destaques). O Live Stage, poderia parecer algo estranho, principalmente por ser fechado (parecia mais uma redoma de artistas e celebridades do que propriamente um palco), apesar de neste momento as interações entre orador-público serem mais reduzidas, estes sempre que puderam tinham alguma interação, mas também para uma maior interação existia o Golden Theatre.

Creators Hub

Este foi um espaço dedicado a criadores de conteúdo digital que quisessem interagir com os seus fãs. Rostos do Youtube e Twitch, como RicFazeres ou Imauppa estiveram presentes neste espaço, bem como alguns Tik Tokers e pequenos criadores de conteúdo das mais variadas áreas. Além disso havia também algumas ativações publicitárias de marcas como a Água Monchique e a Glovo.

Era um espaço acolhedor, apesar de pequeno, mas que servia bem o seu propósito. Nada de muito a acrescentar.

Merch

Esta parte foi, para mim, a que diferenciou a organização da Comic-Con Portugal 2022 aos demais eventos deste ano. Foram capazes de brincar com a disposição do Meo Arena de uma forma eficaz.

Primeiramente, criaram uma tenda bastante volumosa para acolher as marcas que quisessem expor os seus produtos. E DESTA VEZ TINHAM COMICS, ANIME E MANGA, (eu juro). Marcas como a Panini, Devir e Leya marcaram presença, bem como marcas de Boardgames, Cardgames e goodies referentes à cultura Geek. Também tivemos algumas bancas para venda de produtos para cosplayers, como réplicas de espadas ou roupas.

De seguida, usaram como inspiração os tempos longínquos de Iberanime no Altice Arena e usaram o anel exterior para acolher os artistas independentes. Foi uma boa aposta na altura, e volta a ser uma boa aposta este ano.

Palco Principal

A joia da coroa foi bastante bem conseguida. O palco era bastante grande e versátil. Era bem aproveitado para palestras ou concertos e tinha uma capacidade razoável. Mesmo que alguém tivesse de ficar em pé, não conseguia tapar a visibilidade de ninguém e a utilização dos 3 microfones para as perguntas (2 nas pontas e 1 no centro da plateia) acabaram por evitar filas enormes ou confusões desnecessárias. A iluminação garantia um bom clima e ambientação. Ou seja, foi muito bem concretizado e deu ares de ter sido importado dos eventos grandes lá em terras americanas.

Spotlight

O palco Spotlight consistia num pequeno auditório, onde foram apresentadas algumas palestras sobre os mais variados temas, focando-se, na grande parte do tempo, em literatura (incluindo, claro, a BD). Apresentações de projetos portugueses foram o principal foco, um ótimo espaço para os criadores darem a conhecer o seu trabalho.

The One Theater

Era, basicamente, o local onde podiam a assistir a concertos, a algumas palestras e a antestreias de séries, bem como a concursos. Esta parte do evento teve o cinema, a televisão e a literatura como focos principais, mas contou também com bastante música e o concurso de Cosplay.

Outros destaques

Destaques ainda para o Cosplay Stage e para a área Kids, que continham algumas atividades relacionadas com os seus temas, obviamente. Pontos positivos na área S.O.S Cosplay, um destaque deste evento, uma vez que uma das principais criticas que recebemos quando estivemos na LGW, por exemplo, foi a falta desse espaço.

Organização e circulação no evento

É Inverno, portanto a probabilidade de chover era grande, e para uma melhor organização na circulação do evento, existiam tendas ao ar livre, destacando-se que estas tinham ligação com o recinto principal do evento (com exeção do Creators Hub).

Apesar disso, a organização esteve impecável, no sentido logístico. Tudo começava a horas, tinha um espaço específico para respirar. Os artistas independentes tiveram mais espaço que noutros eventos semelhantes. O staff era numeroso e muito atencioso (às vezes ao ponto de te perseguir se te sentissem perdido e a press foi bastante bem tratada e abrigada (o espaço das conferencias de imprensa foi essencial para um contacto mais direto com os artistas e o espaço de trabalho era amplo e tinha tudo o que se precisava).

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