Já algum tempo que não jogava um plataformer, para ser muito sincero, já não jogava à meses. E por obra do destino ou algo semelhante recebemos para análise o Clive ‘N’ Wrench.
Para vos dar contexto e a investigar um pouco o contexto do jogo, Clive ‘N’ Wrench é inspirado em clássicos do género como: Spyro e Jak & Daxter, Clive ‘N’ Wrench tem sua dupla titular de um coelho e um macaco pulando, rolando, pairando e girando através de uma série de mundos malucos. O jogo foi desenvolvido maioritariamente por uma pessoa, mas também teve uma participação especial de Fábio Castanheta, mais conhecido por Tresh Toons.
Afinal o que é Clive ‘N’ Wrench?
Clive ‘N’ Wrench é um jogo de plataforma 3D centrado em torno de Clive, o coelho, e Wrench, o macaco nas costas. Que nos leva numa aventura através do tempo e do espaço em um frigorífico mágico dos anos 1950, tudo em uma missão para desfazer o erro da Nancy, prima de Clive e acabar com os planos do tirânico Dr. Daucus.
Tudo começa numa manhã fatídica, a professora Nancy Merricarp acorda para descobrir que os seus planos de viagem no tempo, orgulhosamente expostos, foram apanhados pelo malvado Dr. Daucus! Minutos mais tarde, um súbito clarão de roxo ilumina o céu, e um portal aparece! O Dr. Daucus e o seu ajudante, o General Olga Chestycough, saltam para o portal e, não antes de aparecer, o portal desaparece. É aqui começa a nossa aventura com o Clive e Wrench, talvez seja de aí que vem o nome do jogo? Não sei… quiçá !
Piadas a parte em termos de história, e sem dar spoilers, podem contar com uma história O.K, o que quero dizer com isto, não foge muito ao que se aplica nos jogos deste género, mas por ser “básica” não quer dizer que não me diverti a jogar. Para vos ser franco o jogo desde o início ao fim apelou muito à minha infância. Sempre que jogava, vinha à mente um jogo da PS1, Croc, o mítico jogo do dinossauro (tirando todas as referências que já foram faladas em cima). Não sei se era esse o objectivo mas foi o que aconteceu. Clive ‘N’ Wrench contém 11 (onze) níveis e cada um detém uma espécie de boss. Para chegar a cada “Boss” teremos que coletar uma quantidade de pedras anciãs e vai ser assim até ao fim do jogo. Por um lado cria algum desafio ao jogo, mas digo-vos que às vezes só queria continuar a história e ficava um pouco chateado, mas tirando frustrações para o lado, acho que foi uma boa maneira de explorar um pouco mais o mundo que nos rodeia e fazer algumas missões que se calhar deixava-mos de lado. Falando das secções de Boss em si, algumas achei que houve uma falta de cuidado, não senti progressão na dificuldade e por vezes nem percebia se havia uma planeada, houve bosses que literalmente eram feitos em segundos e depois logo a seguir o boss ficava complicado. Achei muito confusa a maneira de progressão do jogo em si.
Nada é prefeito!
Agora vem a parte que vi alguns problemas e foi na zona que achei que houve mais dificuldades na criação de Clive ‘N’ Wrench.
Metendo um pouco a piada de “its not a bug, its a feature ” houve alguns “problemazinhos” que ajudaram bastante a passar certos níveis, com isso o jogo tem problemas em colisões e detectar objectos. Mesmo tendo esses problemas, vê-se muito esforço feito para entregar um produto com potencial. Relembrando, que segundo o que se diz, foi maioritariamente feito por uma pessoa, também não estava à espera de Triple A. Mesmo com estes problemas, nunca sai do mapa (bem tentei), tive algumas animações em “t pose”, de vez em quando o raio do coelho não trepava, mas nunca estragou a experiência, por vezes até ajudou a passar certas fases, não digam nada ao criador por favor!
Já que estou a falar em movimentação, é uma boa altura para falar em controlos, experimentei com o teclado e rato (não aconselho) e foi muito complicado, não é impossível jogar, mas o que aconselho é mesmo jogarem de comando. Eu estive a utilizar o da PS5 mas para não terem problemas de layout, se jogarem no PC, como eu joguei, usem um comando da Xbox.
Para terminar esta parte, Clive ‘N’ Wrench está disponível em várias línguas e uma delas é Portugues de Portugal muito graças ao Fábio Castanheta, como referido em cima, a tradução está muito bem feita e não tenho nada a apontar.
A minha conclusão
Clive ‘N’ Wrench está disponível para Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Steam e ainda existe uma versão de colecionador. Mesmo com os problemas ditos, o jogo divertiu umas boas horas e tenciono voltar. Para aqueles que tem saudades de um plataformer e gostam de jogos indie aconselho a darem uma espreitadela ou oportunidade, relembro vos que sim o jogo contém problemas, mas qual o jogo de hoje que não os têm?
6.0 Score
Pros
- 3D platafoming intressante
- Animação
- Tradução em Portugues de Portugal
Cons
- Bugs visuais
- problemas de colisão
Daniel Silva
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