Chainsaw Man Ep.7- Análise

Vamos correndo atrás do prejuízo nesta série de análises a Chainsaw Man. Comecemos sem mais demoras.

O fim do arco do hotel e o demónio destruído

Denji vira o Chainsaw Man e começa a destruir o Demónio do Infinito, enquanto é atacado pelo mesmo. Graças a esses ataques, ele começa a perder muito sangue e a ficar gravemente ferido.

Nisso, Himeno acaba por ser lembrar das falas do seu superior, que até à data não sabemos quem é, que lhe diz que os melhores caçadores de demónios são aqueles que pensam menos e os mais malucos, porque isso evita que eles tenham medo e, por consequência, deixar o demónio mais forte. Ela rapidamente faz esse paralelismo com a situação do hotel e percebe claramente que Denji é o melhor aliado para derrotar o Demónio da Arma de Fogo e, com a sua mão fantasma, tenta ajudar o Chainsaw Man, puxando a sua corda de ativação sempre que ele parecia mais cansado.

Com essa ajuda Denji desenvolve uma máquina de matar, que consiste em cortar o demónio enquanto bebe o sangue derivados desses cortes e fica mais forte.

3 dias se passam e o Demónio do Infinito desiste finalmente e resolve mostrar o seu ponto fraco a Denji para que pudesse morrer de vez. E assim acontece.

Esta cena é muito importante para mostrar que o Denji é tão puro que perde qualquer filtro social normal, o que o torna tão maluco, e assim tão atraente como candidato a assassino do Arma de Fogo. Óbvio que ninguém “normal” pensaria na possibilidade de poder cansar o demónio do hotel, mas ele sim, e por isso ele é o melhor.

Makima gosta do Denji…mas porquê?

Enquanto os nossos “heróis?” limpam o local para encontrar uma peça do Arma de Fogo, Himeno comenta com Aki que fica bastante curiosa para saber o que Makima acha de tão especial no Denji ao ponto de, aparentemente, lhe dar um tratamento especial. Adianta ainda que ela tem conhecimento que Makima consegue ouvir tudo o que os seus agentes dizem. Aki tenta não dar valor ao segundo assunto, mas diz que, na próxima reunião do grupo, usará o álcool da festa para soltar Makima e obrigá-la a falar.

Uma coisa que ainda reforça o clima de mistério fica na parte do jantar, quando alguns elementos afirmam nunca ter visto Makima, alguém que Denji vê recorrentemente e ainda é novato. Mas vamos lá ao jantar.

O que é ser Caçador do Estado?

Makima e seus pupilos do batalhão mostram-se presentes num jantar de reunião, situado num restaurante típico. Cerveja e comida em abundância passam por um lado e outro enquanto a conversa flui. Fala-se das perdas de colegas, algo recorrentes, por se tratarem assassinos do Estado, que só acolhem casos que os privados não conseguem resolver. Alguns veteranos dizem já ter enterrado todos os seus novatos, outros dizem ter recorrido a Infernais, como Power, mas que eles não conseguem controlar a sua vontade de matar, e por isso não podem sair para comer ou conviver. Esta é uma parte negra do episódio: torna-se um misto de trauma com aceitação da cruel realidade pela repetição constante. No entanto, isso é quebrado pelo tão esperado beijo. Himeno aproxima-se de Denji, que avança também, mas com incerteza, por não quer que Makima veja o primeiro beijo dele e acontece o…

O Beijo malfadado

Acontece que Himeno vomita na boca de Denji. Muita gente criticou a censura no…vocês sabem. Eu gostei muito da censura. Não é só um elemento muito bem estabelecido no humor non sense japonês, como não choca em demasia.

Denji vê o seu sonho contaminado com vergonha e passa a carregar um trauma enorma. Vemos o nosso protagonista a vomitar na casa de banho enquanto Hirokazu Arai agarra na sua cabeça e diz ter experiência em tratar de bêbados, por ter uma mãe alcoólica. Ele diz que Denji lhe causa inveja, porque queria ser tão corajoso. O Homem Motosserra lembra-se de uma altura em que, com Pochita, comia através do lixo e tinha apenas como inferior a ele os ratos que comiam o vómito dos bêbados da noite anterior. O jovem vê-se na exata mesma situação e com um misto de espanto e raiva expressa basicamente não entender de onde vem esse objeto de inveja vindo dele. Mais uma vez o Fujimoto usa um flashback para transmitir uma sensação ou traço de personalidade, e menos para criar um impacto. Esses são os traços de escrita que mais gosto na sua escrita.

Toda a cena é traumática, mas toda muito bem feita, equilibrando bem o inusitado, com o cómico e o dramático em toda a cena.

Após o jantar, algo acontece, mas estando ligado ao episódio seguinte, quero analisar depois. Destaque do episódio é o equilíbrio de cores fantástico na animação, o vermelho de intimidade do restaurante, o verde do wc que transporta náusea e o quarto escuro no final. Não só o material original, como a realização do anime estiveram de parabéns pelos novos cenários do episódio.