Bayonetta 3, é mais recente título da franquia Bayonetta, e talvez um dos mais aguardados jogos da Nintendo Switch, já que foram precisos cerca de 8 anos, recheados de incertezas que a bruxinha mais conhecida do mundo videojogos regressaria para mais uma aventura. Este terceiro jogo sucede Bayonetta 2, não havendo necessariamente uma ligação estória e de eventos em relação aos títulos anteriores.
Bayonetta 3, tal como os seus antecessores, mantém o estilo de um jogo Hack and Slash, de ação e aventura, desenvolvida pela empresa PlatinumGames, que detém títulos como Anarchy Reigns; Metal Gear Rising: Revengeance; Nier: Automata e mais recentemente Astral Chain. Depois de tanto tempo de espera, eis que chega o tão aguardado vídeojogo para a Nintendo Switch, como o seu estilo próprio (apesar de todas as semelhanças com um gigante do género Devil May Cry), mas este promete algo novo, novas mecânicas, podendo até ser considerado “uma carta de amor” para os fãs.
O Regresso da Bruxinha…
Bayonetta começa num ponto imersivo e recheado de tensão, pois a ação inunda todo o ecrã, já que nos é presenteado uma realidade paralela, onde temos Bayonetta a enfrentar um inimigo misterioso. Mas o mistério não se fica por aqui, pois tudo o que está a acontecer é observado pela mais recente personagem que chega ao mundo das Bruxas, Viola.
Depois de tudo o que está a ver, Viola não tem outra alternativa, a não ser saltar para outra dimensão/realidade alternativa, de forma a tentar encontrar toda a ajuda necessária para que seja possível enfrentar o ser misterioso que está a colocar em perigo o Multiverso. Assim sendo, num ato desesperado, Viola viaja pelo multiverso, caindo num novo local.

Nesta nova realidade, os jogadores são deixados quase como um déjà vu, já que Cereza juntamente com Jeanne enfrentam Homunculi, impedindo este de terminar o seu ataque contra a cidade, e assim “temporariamente” salvam toda a gente. Mas é neste momento que surge Viola, com um desejo enorme para que Cereza e Jeanne a ajudem com todos os problemas do Multiverso.
Apesar de contar algo que deixa estes personagens um pouco incrédulas, Cereza ou também conhecida como Bayonetta e Jeanne acabam por aceitar este desafio de Viola, e rumam a nova aventura tudo para salvar o Multiverso, mas para isso terão de aprender, usar e encontrar tudo aquilo que esteja ao alcance para ajudar as nossas heroínas na luta contra o mal.

Entrando num momento mais de gameplay do jogo, somos possibilitados a jogar com Cereza e com todas as novas habilidades, que culmina em encontros frenéticos e recheados de ritmo, com combos a roçar o magistral e esplendor dos Hack and Slash. Além de Cereza, somos ainda presenteados com Viola, a jovem irreverente, onde toda a sua jogabilidade é caótica, no bom sentido, permitindo-nos aqui explorar mecânicas um pouco diferentes do que estamos habituados na franquia. Por último, ainda temos segmentos focados em Jeanne, uma personagem com jogabilidade mais voltada para o stealth, apesar de estes serem interessantes, perde-se um pouco da essência que temos com Bayonetta e Viola.
Assim sendo, estas 3 bruxinhas têm nas mãos toda a urgência para salvar o multiverso, mas mais importante que isso, todo o impacto que o Multiverso pode ter na realidade de todos. A união de força de 3 bruxas será suficiente para enfrentar todos os perigos, incluindo o confronto com uma identidade misteriosa que ninguém sabe o que pode ser?? ou teremos mais desenlaces e novas personagens durante esta aventura para nos ajudarem a salvar todo o Multiverso.

Uma Excelente Loucura no Multiverso…
Bayonetta 3, é os jogos que todos os fãs da franquia podiam esperar, os 8 anos de espera valeram muito a pena, destaca-se que este mais recente título está polido e acima de tudo com um gameplay fluído e extremamente divertido. Destaca-se ainda que o trabalho da direção de Bayonetta 3, é que faz tudo isto funcionar dentro dos moldes de excelência, além de apresentar um belo design, nada que os jogadores já não tivessem à espera desta franquia.
E já que estamos a falar da direção, é o trabalho na narrativa que demonstra uma boa capacidade de elevar o nível do conceito do Multiverso, pois apesar de ser conhecimento geral, Bayonetta não se preza por uma narrativa complexa e de qualidade de excelência, mas faz um ótimo trabalho, principalmente com este conceito. Sendo que existe espaço para o desenvolvimento da estória, sem pressas para que o clímax chegue cedo demais, e “perde” tempo na construção de personagens.
A nível de gameplay, podemos afirmar que Bayonetta 3 deu o salto para outro patamar dentro da franquia, já que o modelo de jogo expandiu um pouco em relação aos títulos anteriores, pois apresenta-nos zonas mais “livres”, porém não é um Open-World, mas este “update” traz uma maior imersão ao jogo. Pois é por causa disso, que todo o conceito de Multiverso funciona bem, e para melhorar toda esta imersão, existe toda uma recriação de locais baseados no mundo real.
Ainda no gameplay, devemos destacar todas as adições existentes, pois são nos apresentados novos combos, o que nos leva a alargar todo o nosso arsenal de possibilidade de combate, podemos ainda utilizar os Deamons nos momentos mais oportunos, ajudando assim o jogador nos combos e no combate contra os inimigos. Contudo, o slot de armas é limitado, já que temos tanta forma de aumentarmos a nossa capacidade de combate, esta limitação não permite que este atinja o seu verdadeiro potencial.
Por fim, Bayonetta 3, apresenta-nos mais personagens jogáveis, como é o caso de Viola e Jeanne, contudo os níveis onde precisam de utilizar Jeanne são bastante aborrecidos, não por serem no modo stealth, mas como os próprios estão construídos, contudo é possível obter armas de longo alcance para melhorar um pouco a experiência. Já Viola, traz um novo sangue à franquia, com um ritmo frenético, cheia de vida, permitindo-nos explorar quase uma jogabilidade nova. No entanto, devido à diferença de mecânicas entre esta e os comumente usados por Bayonetta, por vezes torna-se difícil utilizar a personagem, e temos novamente que nos adaptar a esta, quando trocarmos entre as duas.
A nível de trabalho de som, este videojogo possui uma banda sonora extremamente bem adequada, mas é algo que todos os jogadores esperam num jogo de Hack and Slash, e Bayonetta 3, assim como os seus antecessores não falha na matéria, sendo sublime a banda sonora apresentada.
Em suma, Bayonetta 3 surpreendeu bastante pela positiva, tal como referido a estória não é o seu principal foco, mas trabalha-a bem e constroem bem todas as personagens, apesar do tom em que esta é contada. Viola é uma personagem que traz uma nova alma à franquia e certamente veio para ficar, pois a garra que carrega é única e especial. Destaca-se ainda, a diversidade de gameplay que Bayonetta 3, sendo que os momentos de Boss Fight, o formato do jogo pode mudar completamente, sendo possível existir combates de Titãs Gigantes, deixando por vezes o comum Hack and Slash para trás, o que pode aliviar e refrescar um pouco a jogabilidade (principalmente para quem não aprecie tanto este género de jogos). Apesar de apresentar um belo art design, e diversos inimigos, é na paleta de cores que reside um problema, pois por vezes esta não é adequada, e torna-os todos semelhantes, quase não havendo distinção. Além de tudo isto, apresenta uma excelente homenagem à cultura Pop>, seja animes, jogos, entre todos, tudo para que o jogador desfrute de melhores momentos, e apesar de isto, possivelmente não agradará toda a gente, quer seja pelo seu género Hack and Slash, da boa “confusão” no ecrã, ou até rumo da narrativa tomado que possa ser achado controverso, no entanto, não devemos tirar o mérito a esta obra, pois Bayonetta 3, é certamente um dos grandes jogos do ano.
Deixamos-vos o trailer desta aventura Cereza pelo Multiverso, em Bayonetta 3…

8.0 Score
Pros
- Diversidade de jogabilidade durante o jogo
- Gameplay fluído (sendo até viciante, muito pelo os combos que nos permitem usar)
- Banda Sonora
- Introdução da Viola
- Art Design
- Poder utilizar os Deamons no combate
- Premissa de Multiverso é interessante e bem executado
Cons
- Níveis da Jeanne
- Limitação de slots de armas
- Gameplay e mecânicas podem se tornar complicadas (ou pouco intuitivas), devido à sistemática troca de personagens que controlamos
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